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Em resposta à Camila Iannicelli para a Revista Claudia, Josué Silva, cofundador e administrador da INKLESS, pioneira em remoção não ablativa de tatuagens, revela detalhes e informações valiosas sobre esse procedimento cada vez mais procurado.
INKLESS: Estamos vivendo uma nova era em que a busca pela melhora da autoestima tem se intensificado. A decisão de remover uma tatuagem, assim como a decisão de fazer uma, é profundamente pessoal e está intimamente ligada a momentos de transformação na vida das pessoas. Temos observado um aumento significativo na procura por remoção, e as motivações são tão diversas quanto as histórias por trás de cada tatuagem.
A maioria dos nossos clientes busca remover a tatuagem que realizou por um modismo adolescente ou impulso. Em alguns casos, a tatuagem foi fruto de uma reflexão adequada e até gerou a satisfação que a pessoa tinha por expectativa, e por um bom tempo, mas mudanças de carreira ou de vida fazem com que hoje aquela tatuagem não faça mais sentido. Há ainda pessoas de áreas corporativas mais conservadoras ou com tatuagens mais visíveis que podem impactar oportunidades profissionais. Tem também quem busca apagar lembranças de relacionamentos passados ou símbolos que já não refletem quem são hoje.
Uma tendência interessante que temos notado é o crescimento de pessoas que buscam a remoção não para eliminar completamente a tatuagem, mas para remodelar ou criar um espaço "limpo" para uma nova arte. Esta abordagem tem refletido uma mudança na percepção da tatuagem como algo verdadeiramente permanente para algo que pode evoluir junto com a pessoa.
INKLESS: O laser Q-switched Nd:YAG tem sido utilizado há décadas e é considerado o padrão da indústria de remoção de tatuagem a laser, sendo considerado o método mais seguro e confiável no mercado. No entanto, a tecnologia por si só não garante resultados satisfatórios - o método de aplicação faz toda a diferença.
Segundo um estudo publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, a remoção a laser apresenta limitações significativas. No método tradicional de remoção a laser, não são todas as tatuagens que são removidas. Neste estudo, 33,55% dos casos resultaram em hipocromia, que é a perda da capacidade de pigmentação da pele, e 11,84% dos casos apresentaram problemas graves de cicatrização, como quelóide e cicatrizes hipertróficas.
Foi justamente para superar essas limitações que a INKLESS montou um time formado por seu fundador Samuel Silva, Laserterapeuta Clínico, um Médico e uma Bióloga, e investiu em pesquisa e desenvolvimento para elaborar um método de remoção que pudesse ser capaz de garantir a eficácia nos resultados. Assim, em vez de confiar apenas na tecnologia, focamos em um protocolo que prioriza a integridade da pele, controlando a aplicação do laser para não causar danos colaterais permanentes ao tecido e entregar um serviço que oferece conforto e segurança para todos os casos. Como resultado, inauguramos uma nova metodologia, a remoção de tatuagem não ablativa, que não provoca queimadura, não gera bolha nem cascas e não resulta em uma troca de tecido.
INKLESS: O fascinante sobre a remoção de tatuagens é que, contrário ao que muitos pensam, não é o laser que remove a tatuagem - é o próprio sistema imune do corpo. O laser atua como um catalisador, fragmentando as partículas de pigmento em pedaços menores. Uma vez fragmentadas, o sistema imune reconhece essas partículas como corpos estranhos e envia os macrófagos - células especializadas em "limpar" o organismo - para fagocitá-las e eliminá-las através do sistema linfático.
A eficácia do processo depende muito mais da resposta imunológica do indivíduo do que da potência do laser. Fatores como nutrição adequada, boa hidratação e até mesmo a exposição controlada ao sol (que ajuda na síntese de vitamina D, crucial para o sistema imune) podem influenciar significativamente os resultados.
No método de remoção ablativo, após a aplicação é normal ficar uma queimadura, é possível bolhas e uma recuperação prolongada no pós-sessão. Temos clientes que vêm de outros processos que relatam que passaram dias para se recuperar, tem gente que tira férias para poder enfrentar a sessão e os efeitos do pós.
Com nosso protocolo não ablativo, as vantagens são claras: mantemos a integridade da pele durante todo o processo, transformando em um processo confortável e tranquilo, eliminando o risco de cicatrizes e permitindo que a área tratada fique perfeita - até mesmo apta a receber uma nova tatuagem, se desejado.
INKLESS: Infelizmente, sim. E é importante alertar que métodos caseiros não só são ineficazes como podem ser perigosos. Desde cremes "mágicos" até técnicas de esfoliação agressiva, já vimos de tudo. Alguns chegam a tentar procedimentos como dermoabrasão caseira ou aplicação de substâncias ácidas, que podem resultar em queimaduras graves, cicatrizes permanentes e até infecções.
A verdade é que não existe atalho seguro para a remoção de tatuagens. O pigmento está localizado na derme, a camada intermediária da pele, e qualquer tentativa de alcançá-lo sem o equipamento adequado e conhecimento profissional inevitavelmente causará danos à epiderme e potencialmente à própria derme.
INKLESS: A percepção de dor é muito individual, mas historicamente, a remoção de tatuagens sempre foi considerada mais dolorosa que a aplicação. Com os métodos tradicionais, muitos clientes relatam não apenas dor intensa durante o procedimento, mas também desconforto significativo no pós, com queimaduras, bolhas e períodos prolongados de recuperação.
Foi justamente esse aspecto que nos motivou a pesquisar e desenvolver um protocolo diferenciado. Ao controlar precisamente a energia do laser e respeitar a integridade da pele, conseguimos reduzir drasticamente o desconforto. Nossos clientes frequentemente se surpreendem com o quão tranquilo o processo pode ser. Em um relato recente, uma cliente comentou: "Eu estava preparada para o pior, mas foi tão tranquilo que quase dormi durante a sessão!"
INKLESS: Sim, é possível remover completamente uma tatuagem, mas é importante ter expectativas realistas sobre o processo e entender como diferentes métodos abordam esse objetivo.
Primeiro, é importante deixar claro que todo processo de remoção é de longo prazo, principalmente porque é o corpo que remove o pigmento e ele promove uma velocidade de resultado compatível com sua capacidade imunológica.
Com relação aos objetivos, vale destacar que no método ablativo comumente utilizado há sim a chance de remoção completa em pouco mais da metade dos casos. Nesta abordagem, há muitos riscos de uma marca ou cicatriz ao final, e muitas dessas marcas podem parecer com pigmentação residual, parecendo que a tatuagem ainda não apagou completamente, apesar de não haver mais pigmento. O que acontece nestes casos é que a pele local sofreu uma mutação de escurecimento na exata região onde havia a tatuagem, formando uma tatuagem fantasma. E é da alta ocorrência desses casos que surge o mito que a tatuagem não apaga completamente, enquanto a verdade é que a chance de sucesso é relativamente baixa, tornando o procedimento em uma loteria.
Vale salientar que não há necessariamente uma diferença de velocidade entre método ablativo e não ablativo, pois o principal fator de velocidade em ambos é a capacidade imunológica do corpo para processar e expelir o pigmento. E o tempo necessário para a remoção completa varia conforme diversos fatores além da capacidade imunológica: como a concentração de pigmento, localidade no corpo e complexidade de cores utilizadas na tatuagem. Algumas cores, como o preto, têm melhor resposta à radiação do laser, enquanto outras, como o amarelo e o verde, podem ser mais desafiadoras.
INKLESS: Nos protocolos ablativos tradicionais, o laser é aplicado com alta energia, visando a fragmentação do pigmento sem uma preocupação com a propagação de calor
para o tecido. Isso em tatuagens mais pigmentadas frequentemente causa queimaduras, provocando a formação de bolhas e cascas. Nesses casos os cuidados são mais intensivos:
● Limpeza rigorosa da área para prevenir infecções
● Aplicação de pomadas cicatrizantes
● Proteção da área com gaze estéril
● Evitar exposição solar direta por semanas
● Restrição de atividades físicas que mobilizem a região
● Cuidado especial para não romper bolhas ou remover cascas prematuramente
As maiores desvantagens desse método são a dor e incapacitação do pós, seguindo as cicatrizes e alterações na textura e pigmentação da pele.
Já em um protocolo não ablativo, como o Protocolo INKLESS, temos uma recuperação menos traumática, mais tranquila e mais rápida entre as sessões, além de minimizar quase que totalmente os riscos de efeitos colaterais. Em nosso protocolo o cliente precisa:
● Manter o adesivo protetor entre 3 e 5 dias
● Evitar a exposição solar por 10 dias
● Evitar atrito na região da tatuagem na primeira semana
Vale destacar algumas práticas que não são cuidados necessários, mas que têm o poder de otimizar significativamente os resultados:
● Hidratação - beber muita água ajuda no funcionamento do sistema linfático, que trabalha para eliminar as partículas de pigmento fragmentadas
● Alimentação balanceada - a nutrição adequada fortalece o sistema imune
● Exercícios regulares - melhoram a circulação e o funcionamento do sistema linfático
● Exposição solar moderada e protegida - auxilia na síntese de vitamina D,
importantíssima para o sistema imune
O fascinante é que estes cuidados não apenas otimizam o processo de remoção, mas também promovem um estilo de vida mais saudável e melhoram a autoestima como um todo.
INKLESS: Seguindo o que foi destacado nos cuidados, um método ablativo por causar uma queimadura e provocar a troca da pele expõe o corpo ao risco de infecções enquanto a barreira protetora da pele não é recomposta, por isso a necessidade de limpeza e proteção da área. Já com o protocolo não ablativo da INKLESS, os riscos são minimizados justamente porque não comprometemos a barreira natural da pele. Diferentemente dos métodos tradicionais, que podem resultar em queimaduras, bolhas e cascas - criando portas de entrada para infecções - nossa abordagem mantém a pele íntegra durante todo o processo.
No entanto, é importante ressaltar que qualquer procedimento estético deve ser realizado por profissionais qualificados em ambiente adequado.
INKLESS: O investimento varia significativamente dependendo de fatores como tamanho da tatuagem, cores utilizadas e localização no corpo. Na INKLESS aqui em São Paulo, pode variar entre R$450 a R$2.500 por sessão.
Porém, mais importante que o custo por sessão é entender o valor do processo como um todo. Oferecemos avaliações detalhadas onde discutimos não apenas o investimento financeiro, mas também o compromisso de tempo e os resultados esperados.
É importante ter clareza do método utilizado e quais as probabilidades de sucesso que ele entrega. Há muita informação sem compromisso, e muitos vídeos apresentando uma falsa sensação de resultado ao mesmo tempo que não apresentam nenhum resultado cicatrizado.
Como bem aponta o artigo da RBCP, o método ablativo tem limitação em relação às chances totais de sucesso. É muito importante que, ao fazer uma avaliação, fique claro quais as chances de sucesso do procedimento escolhido, verificar resultados, depoimentos de clientes e a coerência das informações fornecidas. Tudo isso é fundamental para você escolher um lugar seguro para alcançar a tão estimada remoção da tatuagem.